(For English see here)
Há muita coisa neste meu trabalho que para mim é já normal mas que, percebo, parece muito estranho para quem primeiro fica exposto a ele. Uma destas coisas é o facto desta terapia energética funcionar perfeitamente bem à distância. Isto é, o terapeuta, eu, consegue influenciar e afectar a energia do outro sem lhe tocar, independentemente da distância que nos separa – seja 1 metro, 100 km, ou 10.000 kms. Na verdade a pessoa poderia estar do outro lado do Universo e afectaria igual, pois o contacto é instantâneo.
Lembrei-me de fazer este blog porque vi, num documentário recente da RTP, algo que mais uma vez vem de encontro à minha própria experiência, e que já havia estudado também: em termos científicos, esta influência mental à distância, está muito bem documentada.
Aqui fica um excerto do episódio 2 da série documental Para Além do Cérebro da RTP, que tarta da telepatia e influência mental à distância:
Eu trato pessoas à distância há muitos anos, e neste momento, cerca de metade dos meus pacientes têm consultas deste género, a maioria por videoconferência, mas também tenho consultas feitas só por aúdio/telefone. Todas elas são igualmente eficazes. Na verdade, e apesar de gostar de estar com a pessoa pessoalmente e haver uma maior interação pessoal, muitas vezes consultas à distância até se tornam mais eficazes, por uma série de factores, como a pessoa estar mais relaxada na sua própria casa por exemplo, ou eu não ficar distraído com a presença das pessoas e poder sentir melhor por dentro (que é onde se dá a magia), etc.
Durante muito tempo evitei até dar consultas à distância. A minha ética não me deixava. Tinha medo, como as pessoas que me abordam sobre isto, que realmente não funcionasse tão bem. Por isso fiz muitas experiências, com todo o tipo de casos, em todo o tipo de situações, a qualquer distância geográfica (já tratei e trato pessoas que se encontravam na mesma cidade que eu mas a kms de distância, noutras cidades do país, no Brasil, EUA, Indonésia, Austrália, França, Suiça, Inglaterra, etc.), e agora tenho a certeza absoluta que o efeito é o mesmo, e real. Por exemplo, já consultei a mesma pessoa por vezes presencialmente, outras vezes remotamente, várias vezes, e dessas experiências conclui que o efeito é o mesmo: se um caso é por exemplo difícil de tratar à distância, é também difícil presencialmente, e vice-versa. Aliás, a maioria das pessoas que tinha consultas presenciais, e após tentarem à distância, depois preferem ter sempre à distância, pois é mais cómodo, económico (pois não têm que se deslocar), e sentem o mesmo efeito terapêutico. Ainda agora tive consultas à distancia com pessoas que vieram a primeiras consultas presenciais, e ambas, inicialmente céticas, realmente perceberam, porque sentiram, que o efeito era o mesmo à distância que presencial. E tenho igualmente imensos clientes que gozaram resultados incríveis, e nunca estive com eles presencialmente – encontram-se um pouco por todo o país e pelo mundo!
Primeiro que tudo o próprio efeito do foco mental à distância, apesar de estar bem documentado, não é nada conhecido do público. Mas sim, existe ciência muito robusta, de décadas, sobre este assunto, mostrando que uma pessoa (emissor) consegue influenciar outra pessoa (receptor) fisiologicamente, no sentido que se pretende que esta a queira afectar. Ou seja, numa experiência clássica, ambas pessoas, emissor e receptor, são colocadas em salas completamente isoladas e separadas no espaço de forma a que não haja nenhuma possibilidade de contacto entre elas (sonoro, electromagnético, etc.), e ambas são ligadas a aparelhos que medem vários parâmetros fisiológicos dos seus corpos em tempo real, como a temperatura, conductividade elétrica da pele (que dá uma medida do grau de excitabilidade ou relaxamento em que a pessoa está), o batimento cardíaco, a respiração, ondas cerebrais, etc. Ao receptor é dito para simplesmente relaxar – não tem que fazer nada nem pensar em nada de especial. Ao emissor é-lhe instruído que procure exercer uma influência fisiológica no receptor, no sentido de o excitar ou de o acalmar, em períodos escolhidos ao acaso por um computador. Os resultados mostraram, depois de inúmeros testes, efeitos estatisticamente significativos (para além do acaso) de de facto haver uma influencia fisiológica mensurável de emissor sobre o receptor, independentemente da distância.
Curiosamente também, como se pode ver no documentário da RTP, estes efeito é independente da distância e parece ser instantâneo (eu sinto-o como tal, quando estou a fazer este trabalho) – e não é simplesmente um tipo de electromagnetismo que é emitido pelo emissor ao longo do espaço, até “chegar” ao receptor. Não. O efeito parece ser instantâneo, e ocorre mesmo quando escudos electromagnéticos são colocados à volta do emissor e receptor, invalidando também qualquer influencia electromagnética. Mesmo com este escudo adicional, o efeito acontece na mesma (por exemplo, o cérebro do receptor “acende” no preciso momento em que o do emissor também acendeu).
Isto é muito interessante e importante. Eu, pessoalmente, sinto que “vou para dentro” quando procuro conectar com o outro. Isto é, para conectar com o outro eu “vou para dentro” de mim, e sinto-o em mim. Eu “passeio” no seu corpo, dentro de mim, e sinto onde preciso tocar para influenciar, e sinto também quando acontece essa transformação por mim catalisada. Eu sinto. É um pouco como quem faz uma massagem, ou dá um toque, e sente quando o músculo se deu à sua pressão ou toque. O curioso, que eu observo diariamente ao longo de milhares ou milhões já de vezes, pois acontece n vezes em cada sessão, é que no momento eu que eu sinto essa transformação a ocorrer (em mim), acontece um efeito imediato/instantâneo no paciente ao mesmo tempo: por exemplo ele respira fundo, ou suspira, ou boceja, etc. É tão clara esta sincronicidade para mim, observada tantas e tantas vezes já, que eu não tenho dúvida alguma dela agora. Eu “toco”, “dou a volta”, “massajo” a sua energia, e o cliente sente. Depois disto, perguntando de novo como estão as suas queixas, a pessoa diz invariavelmente que está de facto diferente, de acordo com a transformação que ocorreu.
O que nos faz impressão, parece, é o facto de isto acontecer sem toque de qualquer espécie – ou melhor, sem um toque visivel e dependente do espaço e do tempo!iMas não quer dizer que não houvesse “toque”! Claro que houve! Um toque especial! Quando fazes milhares ou milhões destas experiências, em centenas de pessoas diferentes, e em praticamente todas elas acontece o mesmo efeito e uma redução das suas queixas ao mesmo tempo que acontecem estes efeitos, passas a não ter dúvidas do que está a acontecer, e de que é um fenómeno real, palpável até, para ti, memsoq ue o mundo continue sem o compreender, ou até “goze com ele”. Por isso estou agora confiante na falta de perda de qualquer efeito terapêutico com a distância, e é curioso para mim pensar o quão reticente eu estava em aplicar estes métodos à distância com medo de que não funcionassem. Não tenho mais esse medo, e espero que, à medida que as pessoas vão ficando mais expostas a estas realidades, e vejam, como eu vi, uma e outra e outra vez, a acontecer aquilo que é óbvio, consistente e sistemático, fiquem também convencidas como eu.
Em resumo, eu gosto de estar com as pessoas presencialmente, e gosto de poder interagir com elas pessoalmente, mas o foco mental funciona sempre e só à distância, quer a pessoa esteja a meio metro de mim no consultório, ou a kilómetros de distância do outro lado do mundo. E é isto que cura.
Para já continuarei a dar consultas tanto presencialmente como à distância, mas é possível que um dia venha a dar consultas exclusivamente à distância.
[dois bons livros a ler como referências sobre estes fenómenos de efeitos de influência mental à distância de um ponto de vista científico são os livros Mentes Entrelaçadas de Dean Radin e Distant Mental Infleunce de William Braud, este último um pouco mais académico. Também desenvolvo este tema, e apresento a sua ciência, no meu livro Somos Seres de Luz.]