As Terapias em Bioenergia e Informação, como eu as desenvolvo, têm duas vertentes: o desenvolvimento e investigação de métodos terapêuticos (para ajudar os outros) e o desenvolvimento pessoal de cada um (ou seja, ajudarmo-nos a nós próprios). Hoje vamos falar mais sobre este segundo aspecto. Para mim é o mais fundamental também, pois todos nós teremos eventualmente que aprender mais sobre como realmente funcionamos, para sabermos cuidar de nós propriamente, para de facto sermos felizes.
O tópico de hoje vai ao cerne do problema: a causa do sofrimento humano. Todos nós pensamos que sabemos qual é, mas não temos ideia. Ela escapa-nos a todos, e só quem se procura debruçar seriamente e com tenacidade sobre estes assuntos poderá chegar lá. Está feita para nos escapar. É como se vivêssemos numa prisão desenhada para não darmos conta que estamos numa prisão.
Digamos já sem rodeios o princípio que explicarei a seguir, pois sei que o vai surpreender: NÓS SOFREMOS NÃO PELO QUE NOS ACONTECE, MAS SIM PELAS IDEIAS E PERCEPÇÕES INTERNAS QUE TEMOS SOBRE O QUE NOS ACONTECE. Isto merece ser repetido, de tão estranho e contra-intuitivo que é: NÓS SOFREMOS NÃO PELO QUE NOS ACONTECE, MAS SIM PELAS IDEIAS E PERCEPÇÕES INTERNAS QUE TEMOS SOBRE O QUE NOS ACONTECE. Percebeu? :)
Difícil de acreditar
“Ha?! O quê? Está a tentar dizer-me que não estou a sofrer porque perdi o meu emprego, ou a minha mulher me deixou, ou morreu o meu periquito, ou me sinto sozinho, etc., mas que está tudo na minha cabeça? É isso que me está a tentar dizer?!”
Tenha calma, não se zangue… 🙂 Mas sim, é precisamente isso que estou a querer dizer-lhe.
A mim também me surpreendeu esta conclusão. Não é nada intuitiva, e vai contra o que parece óbvio e corrente. “Eu estou a sofrer porque me foi diagnosticada esta doença.” “Eu estou chateada porque a minha irmã me disse aquelas coisas.” “Eu estou triste porque a minha namorada não me dá mais atenção.” Parece real não é? Parece óbvio.
Mas não é. E eu vou procurar provar-lhe que não é assim. Aliás, isto não é conhecimento novo, é algo que se sabe há milénios (estude por exemplo o estoicismo grego, o budismo, e mais recentemente a psicologia cognitiva e comportamental, experimentação científica, etc.), mas é tão difícil de acreditar, e tão fora do que a nossa percepção nos diz, que este conhecimento ainda não “colou” na humanidade. Só raros indivíduos o vêm claramente. Mas é imperativo, se queremos realmente evoluir e ser felizes, tanto individual como colectivamente, que contemplemos este princípio muito a sério. Assim, aqui vamos nós!
O que se passa quando se passa algo?
Há uma evidência muito simples e comum de que não são as circunstâncias que determinam a dor ou o sofrimento interno mas sim algo dentro de nós – o facto de que todos reagimos de maneiras diferentes ao mesmo acontecimento. Se tivermos 100 pessoas (ou até 2!) a presenciar e a viverem as mesmas circunstâncias, elas vão ser todas marcadas de formas diferentes pelas mesmas circunstâncias. Podem até ter reacções mais ou menos semelhantes, mas serão sempre diferentes e únicas ao indivíduo, pois este tem um historial (programas internos, como vamos ver) único.
Vamos usar um exemplo simples. Imaginemos um grupo de pessoas a ver um jogo do campeonato do mundo de futebol num bar. Está a jogar o Brasil contra a França e estamos em pleno Verão em Lisboa. Temos muitos turistas a visitar a cidade e muitos deles juntaram-se neste bar para conviverem e ver o jogo. Alguns são franceses, outros brasileiros, outros de outras nacionalidades. Muitos vieram porque são entusiastas de futebol (e de cerveja e convívio!), outros “arrastados” pelos seus namorado/as, cônjuges, familiares ou amigos. Estes até nem ligam muito a futebol por exemplo, ou têm diferentes graus de interesse. Mas, em princípio, os franceses irão mais naturalmente torcer pela França, e os brasileiros pelo Brasil.
Imaginemos que o jogo está renhido, as emoções estão ao rubro…e o Brasil marca um golo. Hei! A emoção explodiu naquele lugar! Gritos efusivos de “GOOOOOOOOOOLO!!” de quem torcia pelo Brasil, que se levantam e se abraçam, e o silêncio, o desânimo e a cabeça baixa de quem se sentiu derrotado…Por outro lado, quem está mais indiferente pode sorrir simplesmente, entretido com o espectáculo e a emoção expressada, e alguns consolam os familiares e amigos da equipa arrasada afagando-lhes as costas, enquanto os adeptos da equipa vencedora já saltam de alegria e entoam cânticos em conjunto… Enfim, é uma festa! 🙂
O que tem isto de especial para o nosso caso? Parece muito normal e corrente correcto? Só se olharmos à superfície. Apesar de ter escolhido um exemplo mais ou menos inócuo como uma partida amigável de futebol, o mesmo processo que está aqui a acontecer, e que vou desmontar em pedaços pequenos, acontece em TODAS as situações da nossa vida – e muitas vezes com repercussões muito mais problemáticas, como o desenvolvimento de depressões, doenças, agressividades entre as pessoas, etc, etc. Enfim, a súmula do sofrimento humano. Pensem nisso enquanto desmonto o que acontece neste bar, e o porquê das reações diferentes das pessoas.
A insustentável leveza das coisas.
Segundo o princípio descrito acima, todos nós reagimos não ao que está acontecer, mas sim à nossa percepção do que está a acontecer, ou seja, ao que o acontecimento desponta dentro de nós. O jogo de futebol é, na essência, neutro. O que lhe dá significado somos nós, em particular os programas que temos dentro de nós. Os programas internos de cada pessoa (tal como num computador) são o que vai determinar como a pessoa vai ver, e reagir, ao jogo, muito para além da sua vontade plena consciente (se este processo não fosse assim inconsciente nenhum de nós sentiria medos, fobias, raivas, depressões, etc.!). Nós não nos apercebemos que é assim porque estes programas estão feitos para serem automáticos e inconscientes, e foram imprimidos há muito tempo atrás. Os brasileiros (em princípio) sentem-se identificados com o Brasil e a sua equipa de futebol, e quando esta perde eles também “perdem”, e o mesmo acontece com os franceses. Claro que há brasileiros e franceses que não ligam a futebol e não lhes importa mesmo se o Brasil ou França perde ou ganha (sacrilégio!), assim como há uma série de pessoas naquele bar que está indiferente ao resultado. E mesmo entre aqueles que torcem por uma equipa, o seu grau de identificação com esta será muito variável, e assim consequentemente o grau de sofrimento ou alegria que vão sentir – respectivamente se esta perde ou ganha – será também muito variável. Quanto mais “entranhado” estiverem os programas que lhe dizem que a sua equipa “tem que ganhar”, maior vai ser a sua reacção emocional, para o bem ou para o mau. Para além disso, a reacção emocional pode depender ainda de factores muitas vezes subtis e imperceptíveis. Se eu sou ferrenho pela minha equipa de futebol e tive um dia particularmente mau no emprego ou assim, e se a minha equipa tem, nessa noite, um jogo importante e perde, eu ficarei fulo! Posso responder mal aos meus familiares, partir loiça lá de casa, etc., só porque a equipa perdeu! Se acontecesse noutro dia, numa altura em que estivesse mais bem-dispostos, talvez o resultado negativo não me afectasse tanto, e não iria ficar tão irritadiço. Fui vítima da frustração que fui acumulando ao longo do dia (ou da vida!), sem sequer me aperceber, pois tenho pouco controlo consciente sobre ela. Fui vítima de reacções emocionais subconscientes. É isto ser racional e consciente?
Pensemos, já agora, noutro exemplo, que falo no meu livro: uma fobia. Se tivermos um grupo de pessoas numa sala e entrar uma ratazana, haverá muitas reações diferentes na sala. As pessoas que têm medo das ratazanas vão gritar e saltar nas suas cadeiras, mas as outras não, até se podem rir! Porque é assim? Porque cada pessoa tem diferentes programas internos sobre o que quer dizer uma ratazana, e assim reagem de formas diferentes, sem nunca se aperceberem ao que está a acontecer. A ratazana é a mesma para toda a gente!
Aliás, aposto que, para muita gente que tem medo de ratazanas, só o facto de terem lido a palavra “ratazanas” aqui já sentirem um movimento interno forte e desagradável, não foi?! Fez uma careta? Encolheu-se? Fez um som de nojo? 🙂 É este o poder dos programas internos em cada um de nós (que nem sequer sabemos que temos), e o poder da pura informação (uma ideia) no ser humano. É por isso que se diz “isto faz-me ‘impressão'”, porque de facto desencadeia uma impressão (programa) interno (daí Terapia em Bioenergia e Informação!).
E depois?!
A maioria dos leitores irá descartar estas ideias rapidamente. Vai minimizá-las ou achar que não são importantes, ou que é irrelevante de facto para o que acontece no dia-a-dia ou no mundo. Mais uma vez digo: só aquele que está mesmo farto ou farta de sofrer (quase no limite de “prefiro morrer do que continuar a viver assim”), ou que sabe que mais e melhor é possível, é que vai ter a tenacidade, motivação e dedicação necessárias para contemplar seriamente estes processos subtis e interiores. Não vai ser agradável, não vai ser divertido, não vai ser fácil, pois o nosso próprio sistema vai contrariar. Estas conclusões são tão fora da nossa experiência que literalmente o nosso próprio sistema está contra a sua análise e põe-nas logo de lado, achando-as desinteressantes e “coisas pequenas”. Eu próprio só cheguei a estas conclusões verdadeiramente depois de o ver demostrado centenas de vezes, e não acreditei à primeiras. Toda a minha vida pensei como é normal pensar: eu estou a sofrer porque a vida está mal, porque os outros me fizeram mal, etc. Custou-me muito a aceitar – e ainda mais a pôr em prática; penso que na verdade só agora pondero sobre isto mais a sério. Não é fácil de engolir, nem tarefa fácil de enfrentar. Implica responsabilidade pelos nossos sentimentos.
Percebi e fiquei convencido de que era assim que funcionávamos de facto, principalmente depois de testemunhar centenas de casos em que as pessoas pareciam estar a sofrer com acontecimentos externos (uma dor, a morte de um familiar, problemas no emprego, problemas com a família, divórcios, etc., etc., etc.), para depois ver que, simplesmente resolvendo as suas percepções internas sobre estes assuntos com as técnicas da TBI, o sofrimento (e os problemas) desapareciam – mesmo continuando tudo na mesma exteriormente! Relato vários exemplos de casos assim no meu livro.
“Como é isto possível?”, perguntei-me muitas vezes. A conclusão era óbvia: as pessoas não sofrem pelo que lhes acontece na vida (como pensam) mas pelas imagens e sensações e pensamentos (programas internos) que são despoletados dentro delas e que as fazem sentir essas coisas más, e a reagir da forma como reagem. Depois de neutralizados estes padrões, as circunstâncias permaneceram iguais, mas o sofrimento desapareceu. Isto é muito importante de se compreender e matutar.
Como posso aplicar isto aos meus problemas?
Como posso começar a aplicar este conhecimento na minha vida? Ainda bem que pergunta! Como “prémio” por ter chegado até aqui, vou ensinar-lhe uma forma simples de o começar a aplicar e a testar… Mas aviso já que nem toda a gente que aplicar esta técnica vai sentir logo resultados! Podem ser ténues no início ou até inexistentes. Muitos vão desistir. Muita gente vai precisar de contemplar, estudar e meditar muito mais sobre este tema para que isto funcione, para entranhar estas verdades em si, mas de qualquer forma tente. A ideia é simples: quanto mais meditar, estudar e contemplar estes princípios, e ver como eles são verdadeiros na sua própria experiência e nas circunstâncias específicas da sua vida, mais claro vai ficar para si. Lembre-se novamente: normalmente não é fácil ou imediato – a programação está demasiado enraizada (é biológica, forte e evolutiva, de vidas e vidas) e está feita para não ser conscientemente manipulada, mas para ser instintiva, para nos “proteger”. Bem, isto seria já outro tópico, que poderá ficar para uma próxima vez…Aqui vou simplesmente descrever a técnica para poder começar a molhar o seu pezinho na água gelada 🙂
Então é assim. Sente-se num local agradável onde não pode ser incomodada para estar tranquila uns minutos. Convém fazer o exercício com a barriga vazia, nunca depois de uma refeição por exemplo; alturas ideias são ao acordar ou ao final da tarde. É importante que a sua postura seja relaxada mas erecta, tronco direito, e sem contrações nas costas ou barriga ou pescoço. Por exemplo, convêm ter os joelhos abaixo do nível da bacia para não haver contrações nas costas ou barriga; pode sentar-se “à chinês” (numa postura meditativa com pernas cruzadas) se isto for confortável para si, com uma almofada para elevar o tronco e a pélvis. Se esta postura meditativa é difícil, então sente-se na parte da frente de uma cadeira confortável, com os joelhos abaixo do nível da bacia (pode até ter as pernas cruzadas debaixo da cadeira). Os braços e mãos também devem estar numa posição relaxada e aberta, talvez com mãos em cima dos joelhos, ou entrelaçadas à sua frente. A postura é por si só muitíssimo importante porque uma postura aberta e relaxada mas direita permite o máximo fluxo desimpedido de corrente bioenergética pelo sistema, o que permite processar melhor os impulsos nervosos e as emoções que vamos despertar depois (emoções são energia em movimento! Mais sobre isto no meu livro). Só a postura correcta é meia meditação! A postura meditativa não foi escolhida ao acaso ao longo dos milénios da prática da meditação. Consegue sentir os efeitos na sua energia e estado psíquico desta postura que encontrou? Se não, procure melhor.
Respire um pouco e curta um pouco as sensações que a postura correcta lhe dá, já que só por si já ajuda a melhorar o seu fluxo psíquico, e a sentir-se mais equilibrada. Depois, quando estiver preparada, lembre-se de algum assunto que a incomoda. Procure focar num aspecto específico desse problema. Por exemplo, imaginemos que se chateou com uma amiga. Pode notar que uma torrente de emoções várias atravessam-na ao pensar nisso (procure manter uma postura aberta e erecta, para que estas emoções corram o mais desimpedidas possível): raiva, ódio, tristeza, memórias e mágoas antigas, etc. Tente focar para já apenas num aspecto específico do problema: por exemplo na raiva que sente por causa de uma frase específica que a sua amiga lhe disse (“o que ela me disse não se diz!”). Para manter o foco nesse aspecto particular repita essa ou outra frase que o identifique especificamente, tipo “o que ela me disse não se diz”, “o que ela me disse não se diz”, …
Parece mesmo que foi o que ela lhe disse que lhe causa o sofrimento certo? Note o que acontece em si quando pensa nisso. Procure reparar em especial nas sensações corporais e emocionais que pensar nisso despoleta em si: uma fraqueza nas pernas? Arrepios pela pele? Tensão no pescoço e cara?
O que sente no corpo e na mente é a ativação dos programas internos relacionados (e que estavam mais ou menos dormentes) com esse assunto. E está a sentir todas essas sensações desagradáveis pois, sem se dar conta, atravessam a sua mente, a uma velocidade incalculável, muitas memórias, imagens, impressões, ideias e sensações que foram imprimidas em si ao longo dos tempos, e que o seu computador pessoal correlaciona com este episódio. É isso que a faz sentir mal. É o “sistema de defesa” do organismo activando-o e motivando-o à acção. Infelizmente, como sabemos, esta activação resolve muito pouco, e geralmente causa mais sofrimento do que soluções (relações cortadas com uma pessoa amiga e mágoa para o resto da vida por exemplo). E é isto que estamos a querer ultrapassar, crescer para além de, transcender.
Muito bem, está a fazer um ótimo trabalho! Está a descobrir um processo que passa completamente desapercebido à maioria de nós! Normalmente nem sequer questionamos o que sentimos, pois o que sentimos é totalmente justificado para nós (como uma marioneta puxada por fiozinhos invisíveis) e assim desabafamos com toda a gente. Mas nós queremos ir mais longe, e ter maior controlo sobre as nossas emoções, para sermos realmente felizes e livres.
Então, agora que conhece o gatilho da sua raiva (que é pensar no que ela lhe disse – isto é na frase “o que ela me disse não se diz”) e a consequência disso (as emoções de raiva que sente) vamos descobrir ou dissolver a programação interna que é a verdadeira causadora desse sofrimento todo. Simplesmente diga para si própria, ainda no seu estado focado no problema (normalmente por esta altura teremos os olhos fechados para estarmos mais focados nestes processos internos que estão a decorrer) o seguinte, sentindo e procurando ver a verdade de cada palavra: “Eu sinto esta raiva não porque ela me disse aquilo, mas pelas imagens e sensações e memórias internas que aparecem em mim quando eu penso nisso”. Mais uma vez: não diga as palavras mecanicamente mas pense no que elas querem dizer. Não sentiu nada? Repita então, devagar, e nas suas próprias palavras, com o seu próprio entendimento: “eu sofro com isto não por causa do que ela me disse, mas por causa das imagens e ideias que atravessam a minha mente quando eu penso nisso”.
Se a verdade foi vista vai sentir um alívio. Este é sinalizado, normalmente por alterações fisiológicas concretas como: uma respiração profunda espontânea, mudança nas sensações energéticas internas (arrepios por exemplo, ou uma sensação de “abertura” ou expansão), estiramentos, contrações ou movimentos espontâneos do corpo (as kryias automáticas do yoga), ou outras manifestações de abertura do sistema e desbloqueio emocional ou desprogramação (estas são manifestações muito comuns numa sessão de TBI por exemplo – mais sobre isto noutra altura, ou ver o meu livro) – isto é algo real e concreto, que sinaliza que algo importante aconteceu dentro de si. Ocorreu um alívio, uma mini-iluminação, uma abertura energética que normalmente nos passa desapercebida. A sua consciência/mente viu de facto a verdade desta afirmação, percebeu. Se calhar até as imagens, memórias ou impressões particulares que são despoletadas por esse gatilho ficaram claras para si. Não importa, desde que haja esse alívio espontâneo (uma correcção energética interna) ocorreu alívio. Bom, é só uma questão de repetir agora, para este ou aquele aspecto deste ou doutro problema! Pode experimentar por exemplo dizer a mesma frase-gatilho para si internamente de novo – “o que ela me disse não se diz”, “o que ela me disse não se diz”… Ocorreu a mesma reacção? A mesma raiva? Ou está mais leve, a torrente interna não foi tão forte, ou mudou a sensação para outro tipo? A arte está em, sistematicamente, ir limpando todos os “cantinhos da casa”, em relação a este ou a outros problemas e, mais uma vez, este é um tópico demasiado profundo para cobri-lo todo aqui. Vá experimentando com o que sabe, que é muito já.
Finalmente livre!
Todos os nossos sofrimentos, por mais entranhados que estejam e por mais violentos que sejam, têm esta origem comum. Claro que isto é uma arte e precisa ser praticada e aperfeiçoada para sermos mestres nela. Há muito mais a dizer sobre este tópico do sofrimento humano e como eliminá-lo, mas para já este é um bom começo. Serve para “molhar os pés” nesta abordagem tão diferente, para continuarmos a explorar e a querer saber mais, e assim ir apreendendo e aperfeiçoando-nos. Na verdade o desenvolvimento pessoal é como um diamante multifacetado, e esta é apenas uma das suas faces, mas uma das mais importantes talvez. Exploraremos mais adiante.
Se não sentiu nada neste exercício não se preocupe, e não desista. Tenha para já apenas esta ideia mais presente na sua vida: a de que eu não sofro pelo que me acontece a mim ou na minha vida, mas sofro sim pelos pensamentos e impressões internas que ocorrem espontaneamente em mim quando penso nisso (ou quando as coisas acontecem). Já está a fazer muito. Aí começa o seu caminho de libertação interior, o caminho para uma vida realmente livre.
Para aprofundar este e outros temas relacionados leia o livro: Somos Seres de Luz – A Arte e a Ciência da Terapia em Bioenergia e Informação.
Um abraço,
Helder