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Mentalidade do Desperdício e Como Acabar com os Problemas do Mundo

Mais um exemplo da falta de entendimento da interligação de todas as coisas em causas e consequências, e de como todos os actos são importantes e têm e terão repercussões no futuro.

O vídeo abaixo (em inglês) é uma análise da política de empacotamento de medicamentos pelas empresas produtoras de fármacos. Todo o sistema parece estar pensado com base em maiores rendimentos, com grandes quantidades de medicamento serem a deitados fora devido a uma má (e tudo indica voluntária) política de empacotamento. O bom-senso dita que se deve produzir aquilo que se vai gastar, para que haja o mínimo desperdício possível. Não só esse desperdício é caro (os medicamentos são muito caros de produzir) como ele irá poluir o ambiente, que eventualmente voltará para nós (nada é perdido ou desperdiçado neste mundo; pode ser escondido durante algum tempo mas vai voltar à superfície de uma forma ou outra rapidamente).

É muito provável que a mesma mentalidade esteja por trás de outras (ou todas) as indústrias, não só a de fármacos. A motivação são os lucros, e nunca se pensa no longo prazo ou na sustentabilidade das políticas. A culpa não é de um indivíduo, ou grupo de indivíduos, a culpa é de todos nós, e tem a ver com a falta de noção clara da interligação de tudo neste sistema a que chamamos Mundo ou Universo, onde tudo é causa e consequência. A causa está na motivação das pessoas: qual é e tem sido esta motivação primordialmente? O que tem feito e faz mover ainda agora o ser humano, cada um de nós? O que dizemos que é não é normalmente o que realmente é.

Isto tem que mudar pois o ecossistema em que vivemos a isso nos vai obrigar. Já não nos vamos conseguir safar muito mais com as asneiras e irracionalidades que temos cometido, fruto desta miopia de visão, em que só olhamos para o nosso umbigo. As bruscas e radicais alterações climáticas, os incêndios, os transtornos políticos e sociais globais – tudo isto não nasce do acaso.

Se olharmos bem para o problema, a causa primordial, a única e verdadeira causa, está no interior do ser humano. Tudo começa e acaba aí. É o estado interior de cada ser humano que determina a forma como ele vai agir, consciente ou inconscientemente. E são as piores emoções, muitas vezes escondidas e subconscientes, que nos movem demasiadas vezes: medo, raiva, avareza, etc. Uma coisa eu sei depois de anos de experiência com as terapias TBI: a causa de todo o sofrimento no mundo e do sofrimento pessoal de cada um tem raíz no interior das pessoas e – boas notícias! – é possível re-alinhar esse interior de forma a fazer reflorescer paz, alegria e felicidade dentro das pessoas – o seu estado natural. A partir daí as pessoas começam a agir de forma diferente naturalmente. Ninguém age ou pensa bem quando está em sofrimento.

Este, para mim, é o único e claro caminho para um mundo verdadeiramente em paz e feliz (que não é utopia): a “correcção” dos erros que se encontram no interior de cada um de nós e que são os verdadeiros causadores da nossa dor e sofrimento pessoal. São eles também os que nos fazem agir de formas tão irracionais, ilógicas, e violentas, e o pior é que isto não tem só consequências para a pessoa com estes problemas – isto tem consequência para todos nós, como está cada vez mais claro a nível local e global (como disse noutro post, os incendiários são muitas vezes pessoas em sofrimento pessoal, e isso é visto em tantos outros crimes passionais ou até premeditados).

Esqueçamos a política. Esqueçamos a luta (externa) por estes ou aqueles direitos. Eu digo: se não nos ocuparmos do verdadeiro problema – o tumulto dentro de cada ser humano – erradicando-o de forma sistemática e de vez – como erradicamos doenças usando as vacinas certas (mais uma vez, isto é possível!) – então nada vai mudar. Nada. Isto nunca aconteceu em toda a história. Acho que estamos no limiar de perceber algo muito importante e novo a nível global: que só olhando para dentro e resolvendo os problemas interiores do ser humano, conseguiremos mudar o mundo – mesmo. Mais uma vez digo: isto não é utopia ou sonho, é uma realidade potencial, perfeitamente atingível. Se eu não tivesse visto os resultados que tenho visto nas mudanças radicais das pessoas e das suas vidas depois de receberem a terapia TBI também não acreditava.

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